sexta-feira, 28 de maio de 2010

UM REI

Menino humilde, proveniente de família pobre, cresceu vendo os amigos metidos com o tráfico de drogas e empunhando armas de fogo. Seu sonho era se tornar um jogador de futebol e aos dezessete anos já estava incluído no plantel principal do time de seu coração. Não demorou muito a fazer os gols que o levaram a brilhar e o conduzir à seleção. Aos dezenove anos foi convocado pelo técnico Émerson Leão e, ainda muito cedo, vendido para a Europa, onde ganhou prestígio e fama mundial com a camisa da Internazionale, além do apelido carinhoso com que os adeptos da Inter o ovacionavam: Imperador. O tempo foi passando, a idade chegando e o título de Imperador permanecia e se perpetuava na memória de todos, tanto dos fãs quanto dos críticos que não largavam de seu pé. Longe de casa Adriano foi perdendo o gosto pelo futebol e cada vez vinha atuando menos nos gramados, o que gerou uma mudança de opinião quanto ao seu real valor de jogador profissional. Somente os que realmente conheciam Adriano é que poderiam ajudá-lo naquele momento difícil e isto ficava evidente em seus próprios pensamentos, já que "a eternidade" de suas origens era de que sentia falta. Enfim regressa ao Brasil, ao Rio de Janeiro, ao Flamengo buscando novos ares - que em verdade eram os velhos ares que bem conhecia. No Rio de Janeiro, na Gávea, Adriano reencontrou seu lar e seu melhor futebol. Foi peça imprescindível na conquista do hexacampeonato pelo Flamengo. Estava pronto para voar novamente. Agora chegou a hora. Desejo de coração que este guerreiro encontre em Roma, cidade dos Imperadores, verdadeiros companheiros para ajudá-lo a retomar o caminho da excelência no campo, que automaticamente estará retomando o caminho da excelência na vida.
LeandrOFalcaO

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